1986, um piloto amador de 19 anos da alemanha acidental acompanha pela TV a frustrada tentativa de Regan e Gorbachov em chegar a um acordo de desarmamento nuclear. Fica extremamente pensativo sobre o situação política que o acerca e toma uma decisão. No dia 28 de maio do ano seguinte, 1987, ele triunfa em seu plano: pousa em plena praça vermelha de Moscou com um monomotor. Isso mesmo, um magricela de 19, pega um monomotor em plena guerra fria, sai de Hamburgo, dá umas voltas pela europa e depois de passar por Helsink, pousa no meio da URSS - dexe-me repetir, em plena guerra fria - driblando simplesmente toda a defesa aérea soviética. Esse gringo é ou não é malandro?
Como na época, não estava ainda na moda esse lance de atirar aviões em prédios, seu objetivo era construir uma ponte imaginária entre o leste e o oeste. Unindo o que, segundo sua opinião não devia estar separado. Mathias Rust, depois de desenhar sua "ponte", desceu da aeronave e foi preso pelas autoridades, ficando 14 meses atrás das grades russas.
As imagens do alemão cruzaram o mundo e inspiram muita gente, inclusive as autoridades militares envolvidas na façanha a se demitir diante do papelão e ainda não puderam obviamente encostar um dedo nele na prisão.
Papelão mesmo foram os episódios em que Mathias se meteu nos anos seguintes ao seu pouso inusitado, esfaqueou uma enfermeira por quem era apaixonado, roubou uma camisola, deu pequenos calotes... e hoje tem uns negócios na estônia e é jogador profissional de poker.
Se morasse na Lapa usaria chapéu e navalha...
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