Severino Dias de Oliveira, o Sivuca , nascido nessa data em 1930, no município paraibano de Itabaina é simplesmente um dos maiores sanfoneiros do mundo, se não o maior. Filho de sertanejos, foi o segundo de 3 irmãos albinos. Foi responsável por revelar mundialmente a música nordestina com composições que incluem também outros rítmos com choros, frevos, forrós, música clássica, jazz e outros. O danado era tão arretado que tocava muito bem não só a sanfona como vários instrumentos, além de ser maestro, arranjador, compositor, orquestrador e cantor.
Aos 5 já tocava gaita e aos 9 anos ganhou uma sanfona do pai num dia de Santo Antônio e aos 15 já fazia parte da Rádio Clube de Pernambuco. Começou no sapatinho com festas de casamento, batizados e aniversários... foi crescendo, estudando música, trabalhando... Em 1951 gravou seu primeiro LP e a partir daí foi só sucesso: veio ao Rio de Janeiro, foi ganhando o Brasil... Em 1958 vai para a Europa e ganha o mundo.
Apesar de ter morado fora do Brasil por anos, nunca se afastou de suas raizes musicais “Fiquei ainda mais brasileiro. A brasilidade eu carrego comigo para todo lugar”. Deu o sotaque nordestino à vários rítmos estrangeiros.
"Musica é trabalho", costumava dizer e esse trabalho foi amadurecendo até em 1980 começar a compor de peças para a orquestra sinfônica, diminuindo a distância entre o erudito e o popular. “Toco um instrumento bastardo, mas cheio de recursos harmônicos”. Misturou música de patrão com a do povo.
Em 2006 o músico lançou o DVD “Sivuca – O Poeta do Som”, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba. E nesse mesmo ano, em dezembro, ele nos diz Adeus, depois de lutar 2 anos contra um câncer. Hoje, o seu legado é mantido vivo pela administração de sua filha Flávia de Oliveira Barreto com o Projeto Sivuca.
Tiramos o chapéu pra você.
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